sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sobre o Mistério da Lua Cheia.





- Em uma cidadezinha perto do México , chamada Vale da Lua, muitas pessoas costumam dizer que tal cidade contem um mistério que nunca foi desvendado. Que sobre o lago Marine, toda lua cheia, se ouvia uma linda melodia. As mulheres diziam ser bruxas querendo matar os homens bonitos que moravam na cidade, e outras diziam ser sereias que queriam hipnotizar os viajantes. Todos os homens que iam investigar o lago nunca mais voltavam. Algumas mulheres que conversei disse que era impossível cantar a musica inteira, que a única coisa que elas conseguiam se lembrar era de um trecho da musica: “sobre o vale das águas aqui o chamo”. Mas eu, Joseph L., pretendo descobrir o grande mistério que certa o lago. – o Professor Joseph, escrevia em seu diário sentado em sua cama apoiando o livro em suas pernas. Tinha um ar intelectual e muito curioso, pois as mulheres o olhavam e suspiravam ao mesmo tempo por sua beleza espetacular. Era alto, aproximadamente 1.90 de altura, moreno, olhos verdes e de um bom físico. Sempre andava de sobretudo e com um chapéu inclinado para frente. Ele sempre levava consigo uma maleta e uma bengala que continha o desenho de uma cobra onde ele a segurava.

No outro dia, Joseph acorda bem cedo, junto com o galo do dono da pousada onde ele estava hospedado, se arruma pegando suas coisas e desce para tomar o café da manha.

- Bom dia professor Joseph. – Um homem sorridente se aproxima com uma xícara de café e um prato com 2 pães com manteiga.

- Bom dia Onofre, bela manha, não? Ah obrigado pelo café.

- Bela manha? Já não sei, senhor. Outro rapaz desapareceu por conta daquele lago.

- Onofre, sente-se por favor, vamos conversar?

-Claro senhor. – O pobre dono da pousada puxa a cadeira e se senta a frente do professor.

- Bom, o que acontece exatamente com os rapazes? Eles reaparecem?

- senhor...sim eles reaparecem depois de meses, como que se nada tivesse acontecido, simplesmente não se lembram de nada, nem mesmo o que fizeram e como voltaram.

- Eles aparecem com alguma marca? – no decorrer da conversa o professor ia tomando seu café e comendo um dos pães.

- Aparecem com arranhões, marcas de violência, não sei ao certo...

- Você se lembra da melodia? – o professor já começará a atacar o outro pão e em seu olhar havia mistério e curiosidade.

- ah não muito senhor... “sobre o vale das águas aqui o chamo, venha para mim, venha ser meu, apenas meu”.

-hm... acho interessante que as mulheres não consigam cantar essa musica, apenas conseguem falar sem melodia. Bom, obrigado pelo café, vejo que hoje meu dia será longo. – Joseph se levanta e caminha em direção a porta, coloca seu chapéu na cabeça, diz novamente obrigado e sai em direção ao lago.

Caminhando lentamente com seu diário em suas mãos, ele ia aos poucos relatando tudo o que via e também ia desenhando o caminho por onde passava. Logo se aproximando do lago ele se senta em um tronco e fica a espera de alguma coisa, apenas a espera de uma pisca. Ficou por ali sentado durante muito tempo e apenas via animais se aproximarem do lago para beber água. Cansado de ficar ali, se levanta e caminha novamente de volta para a pousada, e no caminho ia relatando o que havia acontecido. Chegando lá, Onofre o recebe inquieto, querendo saber se o professor já havia descoberto alguma coisa.

- Acalme-se, não...não descobri nada, a única coisa que eu vi foi animais se aproximarem para beber água.

- Ah, sim, claro, desculpe incomodar senhor. Deseja um banho, senhor?

- Sim, irei tomar. Obrigado. – O professor sobe as escadas, entra em seu quarto e começa a se despir, logo pega uma toalha, se enrola nela e caminha em direção ao banheiro. Já em baixo da água quente, tomando seu precioso banho, ele começa a ouvir uma linda melodia.

“ sobre o vale das águas aqui o chamo, venha para mim, venha ser meu, apenas meu, venha partilhar comigo o seu amor, o seu desenho. Sobre o vale das águas aqui o chamo, venha, venha, venha, venha para mim...”

Sobre o efeito de tal melodia, Joseph sai o banho,se enrola na toalha e sai do banheiro, descendo as escadas rapidamente, e logo estava fora da pousada. Caminhava rapidamente, quase correndo em direção ao lado. Ao chegar no local, ele viu uma mulher muito bonita olhando para ele, era loira, seus olhos eram bem claros e sua pele branca como a lua.

- Quem...quem...quem é você? – ele a olhava fascinado pois nunca havia visto tamanha beleza como a dela, e também pelo fato dela estar nua.

- eu? Eu sou quem você procura, não é? – a mulher se levantará e caminhava até ele, ela tinha um corpo escultural que o deixará totalmente inquieto.

- mas qual seu nome e por que está nua? – a bela mulher estava em sua frente alisando seu peitoral malhado e deslizando a mão até a toalha que cobria suas partes intimas.

- Raquel, e estou nua por que vamos fazer amor até que eu me canse de seu corpo ou até que eu sugue totalmente sua alma. – a mulher o agarra pelo pescoço e o arrasta até a água o fazendo cair no chão, se debatendo, ela mergulha a cabeça do professor na água como que se quisesse afogá-lo. Sentia sua vida escorrer por suas narinas inundadas por água e logo ele desmaia.

Horas depois, Joseph acorda em uma cama, como se fosse um quarto em uma gruta abaixo do lago, estava todo arranhado e enrolado em um lençol, não sabia onde estava e nem o que tinha feito a noite inteira. Apenas se deparou com a mulher o olhando, porem desta vez não estava nua e sim com um vestido curto um pouco transparente.

- Que diabos é você?

- Já disse, sou a Raquel! – dizia rindo, como que se estivesse debochando a situação embaraçosa em que o professor se encontrava.

- Você com certeza não é humana! – dizia o professor indignado e ao mesmo tempo tentava se levantar mas a tentativa havia falhado.

- Acertou. Você não conseguirá se levantar. Apenas me diga, o que quer em meu lago.

- Vim estudar o motivo dos desaparecimentos. Agora me diga, que espécime de ser é você, exijo respostas!

- Aqui na minha casa, você não exige nada,querido. – Raquel tira seu vestido e se aproxima do homem, o beijando na boca e o fazendo desmaiar novamente.

Não havia um dia que a sereia não fizesse amor com o professor e o fazia desmaiar antes do ato. Isso se repetia meses e meses até que chegasse a lua cheia novamente e ela o mandasse de volta a superfície com a memória apagada.

- Por favor, apenas me diga quem é você e por que faz isso com os homens.- Deitada sobre o corpo imóvel do homem, acariciando seu corpo ela resolveu contar-lhe a história toda.

- Bom, eu sou uma sereia que necessita a força vital do homem e eu só consigo isso através do ato de amor. Satisfeito? Agora a lua cheia se aproxima e eu preciso mandá-lo de volta a superfície, adeus meu querido professor. – Raquel novamente o beija de maneira tão intensa que sugava-lhe a memória fazendo o esquecer daquele mês que ele mal saia da cama.

Logo ao amanhecer, encostado em uma arvore com a toalha suja de lama envolvendo seu corpo, Joseph L. acorda com o sol ardente em seu rosto, não conseguia reconhecer o lugar onde estava muito menos em que cidade estava. Se levantou e caminhou seguindo uma estradinha de terra, e após minutos de caminhada, havia chegado na cidadezinha do Vale da Lua. Os habitantes o olhavam surpreendidos, as mulheres curiosas para ver aquela toalha cair e os homens incrédulos por presenciar tal cena. Quando um homem gordo e baixinho corre em sua direção junto com a esposa e os 2 filhos para ver o que havia acontecido.

- Senhor, senhor, por onde andou? Ficou meses desaparecido. Por favor, venha até a pousada. – Onofre encaminha o professor até sua pousada, ao chegarem o senta na cadeira e lhe serve o café da manha como de costume.

- O que aconteceu senhor? – As expressões de medo e pavor assombrava a família.

- Eu...simplesmente...não me lembro...- Joseph olha para a família com um ar cansado e sem entender o que estava acontecendo.

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