domingo, 10 de janeiro de 2010

Dama Da Noite - Uma Noite em Preto e Branco



Caminhando por um beco escuro, onde simplesmente a luz não chegava e apenas se ouvia ruídos de gatos caçando ratos e cachorros caçando o que comer. Sentia medo mas ao mesmo tempo tentava me acalmar. O tempo estava fechado e logo começou a chover. A chuva fina caia sobre meu rosto mas logo começou a ficar forte e enormes poças de água se formavam sob o chão e logo a frente vi um homem, de sobretudo e de chapéu, sobre a chuva forte, simplesmente olhando para o chão. Procurei apressar o passo com medo de que fosse um bandido, um maluco ou até mesmo um assassino em serie que acabara de fugir da prisão ou estava sendo procurado pela policia. Apressei o passo e passei rapidamente pelo sujeito que para mim era muito suspeito, quando finalmente sai do beco e virei a direita lá estava ele novamente, quando o vi, parei, sem a menor reação e fiquei me perguntando como ele havia chegado ali tão rápido. Olhei para traz e realmente ele não estava mais no beco e sim em minha frente. Atravessei a rua e entrei no bar La Belle e quando olhei para o sujeito novamente ele me encarava , nunca me senti com medo como estava sentindo naquele momento.
Na recepção do bar, deixei meu casaco e meu guarda-chuva, e segui para o balcão para beber um pouco, já que o que havia me trazido a tal lugar era o desprezo pela vida que eu estava sentindo no exato momento. Pedi ao garçom que me trouxesse um whisky Italiano e enquanto ele preparava minha bebida, varias memórias invadiam meus pensamentos. A traição de meu namorado, a falsidade de minhas amigas e o medo que aquele estranho havia despertado em mim mas ao mesmo tempo sentia interesse em saber quem ele era e por que estava me encarando. Logo que o garçom voltou com meu whisky, quando fui para pegar o copo senti um vento gelado atrás de mim, ouvi passos e logo um homem de sobretudo se sentou ao meu lado e pediu ao garçom um whisky Italiano, senti calafrios e muito medo mas minha vontade de descobrir quem era aquele homem com aquela voz que sabe seduzir.
- Mas que coincidência... o senhor pediu o mesmo que eu. – O olhei de relance e vi que havia sorrido, levei o copo aos meus lábios e bebi um pouco, senti o liquido descer queimando por minha garganta. O homem se levantou, e foi até a recepção deixar seu sobretudo e seu chapéu, quando ele voltou estava de terno com listras de giz, era alto devia ter 1.80 de altura, moreno, cabelos lisos um pouco bagunçado, seus olhos eram verdes e muito sedutores. Aparentava ter uns 25 anos, bom se tiver essa idade não seria muito mais velho do que eu. Logo ele voltou para seu lugar ao meu lado e disse com sua incrível voz de veludo.
- Bom gosto o seu, senhorita, mas por favor, não me chame de senhor...não sou tão velho assim, me chame de Luy. - Ele se virou, sentando-se de frente para mim, bebeu um pouco de seu whisky e logo perguntou meu nome.
- Uma mulher tão bela como você, deve ter um nome muito bonito. – Fixou seu olhar em mim e logo tentou acertar meu nome. – Se chama Luma?
O olhei com espanto, meu nome não era tão comum para que ele acertasse, será que ele me conhece de algum lugar? Bom, fiquei muito desconfiada da maneira como ele disse meu nome, ele apenas me olhou firmemente nos olhos e disse “Luma”.
- E você, Luy, trabalha com o que? – Com certeza não perderia a oportunidade de tentar descobrir algo sobre ele que parecia ser um clássico executivo atrás de diversão, e naquela noite, estava pensando em ser “sua” diversão.
- Trabalho na empresa Delux, minha família é dona de lá. – Novamente ele bebeu um pouco do whisky e continuou me olhando nos olhos como que se quisesse devorá-los.
Sem dizer uma palavra sobre seu trabalho, joguei meus longos cabelos loiros para traz de forma que fosse possível olhar melhor meu rosto, terminei de beber meu whisky e esperei que disse algo sobre meu perfume que com certeza havia sentido. Luy me olhou com tamanha ferocidade que virou seu whisky em um gole, se levantou e em apenas um puxão me tirou do banco e fiquei simplesmente corpo a corpo com ele. O olhei com desejo, deslizei minha mão por seu peito e ele apenas me apertava mais em seus braços, conseguia sentir toda a pulsação de seu corpo. Aproximou seu rosto sobre o meu e sussurrou em meu ouvido.
- Não quer ir para minha casa? Podemos ficar mais a vontade se é que me entende Luma. – Ele me apertava com mais força, até parecia que se eu não aceitasse me levaria a força mesmo assim, ele sorria para mim em um tom de malicia e logo aceitei. Pagamos a conta do bar, pegamos nossos casacos e saímos do bar. Caminhamos uns 15 minutos lado a lado até chegar em seu carro, era um divino Porsh preto. Gentilmente abriu a porta do carro para mim entrar, quando entrei, logo fechou a porta e deu a volta para entrar também. Ligou o carro e seguimos para sua casa, ele dirigiu certa de uns 10 minutos e chegamos ao prédio onde morava, ele estacionou na garagem, desceu e abriu a porta para mim, realmente um verdadeiro cavalheiro. Caminhamos em direção ao elevador e notei que ele havia apertado o botão para o ultimo andar. Luy me olhou de um jeito sedutor, me colocou contra a parede e me beijou, um beijo de tirar o fôlego e de subir um fogo. Puxou uma de minhas pernas e a encaixou em seu quadril subindo um pouco meu vestido tubinho vermelho, logo puxou a outra perna e fez a mesma coisa. Desceu beijando meu pescoço me fazendo ter calafrios, enquanto eu ia abrindo seu terno ele continuava beijando meu pescoço. Depois de 10 minutos de “sedução” o elevador parou e a porta abriu, nisso joguei seu terno no chão dentro da sala e ele me levou no colo para seu quarto. Me colocou no chão e desceu o zíper do meu vestido, o fiz sentar na cama e levantei minha perna e o empurrei para deitar. Começamos a nos beijar novamente só que com mais intensidade, fui abrindo cada botão de sua camisa e fui descendo beijando seu pescoço e quando finalmente tirei sua camisa, sentia seu corpo quente e pulsando de prazer. Alisei e deslizei minhas mãos por seu corpo até cheguei em suas calças, tirei o cinto e abri sua calça e saindo de cima de você comecei a puxá-la até tirá-la por completo o deixando apenas de cueca. Reparei que se estava totalmente excitado pois havia um certo volume por de baixo de sua cueca. Fui tirando lentamente meu vestido, e notando que estava mordendo os lábios quando finalmente fiquei com uma lingerie preta de renda. Ele se sentou e me puxou para si, me deitando ao seu lado e logo ficou por cima de mim me beijando, com direito a passadas de mão e tudo o que essa noite teria direito, ele por um momento parou e se sentou.
- Vou buscar vinho para nossa noite, querida. – E piscou para mim. Se levantou e foi para a cozinha.
Chegando na cozinha, peguei uma bandeja de prata, coloquei sobre ela 2 taças de cristal e uma garrafa de vinho, encheu as taças e em uma das taças despejou um pó branco chamado de boa noite cinderela e voltou para o quarto, colocou a bandeja sobre uma mesinha de centro, e me entregou a taça de vinho que continha o remédio. Ele tomou todo o vinho de sua taça em um gole e esperou com os olhos maliciosos que eu tomasse totalmente a minha também.
Coloquei a taça ao lado da dele e nisso ele me agarrou com força me beijando e tirando minha lingerie, seus beijos estavam começando a ficar intensos, estava começando a sentir tudo girar, por um momento parou de me beijar e comecei a ver tudo preto e branco, tudo estava começando a escurecer, levantei minha mão para tentar alcançá-lo e não conseguia e logo adormeci.
Acordei no dia seguinte com a luz do sol batendo em meu rosto, olhei para o lado e Luy estava com seu braço em cima de mim, estávamos nus, enrolados no lençol. Tirei seu braço calmamente de cima de mim e puxei o lençol, estava sentindo uma forte dor no pescoço e caminhei em direção ao banheiro para ver o que era pois doía muito. Entrei no banheiro e cheguei bem perto do espelho e tirei o cabelo de cima, e havia uma marca de mordida, olhei melhor e meus olhos já não eram mais castanhos e sim azuis e meu cabelo já não era mais liso e sim ondulado. Minha pele estava perfeita, meu corpo estava mais definido que antes e eu estava muito assustada quando Luy apareceu atrás de mim e me juntou por trás e sussurrou em meu ouvido.
- Bem vinda ao meu mundo dama da noite. Vai ser só minha. – E me abraçou como nenhum outro homem havia me abraçado antes, senti como que se o tempo estivesse parado e apenas me perguntava cada vez mais se vampiros tinham sentimento e por que ele havia me escolhido para ser dele. Não sei a sensação de se alimentar de sangue ou de matar as pessoas mas sei que será a única forma de sobreviver neste novo mundo que criaram para mim.

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