sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Um Relacionamento as Avessas..




Eu estava sozinha em meu quarto como sempre e como tal, estava se fazer nada por causa das férias. Ninguém conversava no Messenger e eu estava começando a ficar aborrecida com isso. Plena sexta feira sem nada para fazer. Não tinha mais o que fazer no orkut, facebook e twitter, e por causa disso tive uma idéia super idiota. Entrei em um site de bate – papo para descontrair. Chega ser interessante como você mal entra em um lugar e logo quinhentas pessoas vem falar com você, a maioria dando em cima, claro.
Como não sou nenhuma boba, criei um MSN fake e para os que pediam meu MSN, eu passava o falso. Os legais eu adicionava no verdadeiro, mas isso fica em off ok? Rs
E conversa vai conversa vem, adicionei um moço muito bonito no MSN. Ele tem 25 anos, loiro dos olhos verdes. Perfeito, se não tivesse o pequeno defeito de ser irritante. Mas começamos a conversar em fim a sós no MSN.
Ele me adicionou no orkut e no facebook e fez altos comentários sobre minhas fotos.

- Nossa, com uma noiva dessa, eu roubava da igreja. – comentou o moço.

- Ah obrigada, embora e não ache que alguém faria isso...

- Eu faria... – e ficou uma cantada no ar. Naquele dia eu me diverti muito. Não era o tipo de cara que eu esperava encontrar em um Chat de bate papo, ainda mais, um moço da minha cidade.

No final de semana que prosseguiu, marcamos de sair. Me arrumei toda para conhecê-lo pessoalmente, lógico. Chamei minhas amigas e fomos para um barzinho. Ficamos lá e nada dele aparecer. Eu já estava começando a ficar nervosa pois não tinha pegado o celular dele para perguntar se já havia chegado. Então eu e minhas amigas pedimos vinho. Se fosse para levar bolo, pensei, que seja com estilo.
Não demorou muito e um moço, com o mesmo tipo físico que ele, passou atrás de mim para ir ao banheiro. Olhei de relance e até pensei que fosse ele. Pedi para minha amiga olhar, e quando ele saiu, minha amiga confirmou.

- Mesmo Anna?

- Uhum Mabel. – disse minha amiga.

- Bom, vou ficar olhando na direção da mesa dele né? Se o amigo dele olhar, eu faço sinal para que venham se sentar com a gente.

- Ok.

- Tem certeza que é boa idéia Mabel? – perguntou Camile, outra amiga minha.

- Não sei Mile, mas ele é bonitinho. – sorri.

- Ta né... – disse pouco convencida. Então o amigo dele olhou na nossa direção e eu fiz sinal para que viessem, e não vieram. Daí eu fiz sinal de novo e o amigo dele pouco inteligente veio sozinho perguntar para mim se eu, era eu. E confirmei.

- Mas cadê seu amigo? – perguntei.

- Ele esta com vergonha... vem comigo chamar ele? – revirei os olhos e levantei. Fui com ele chamar o Julio. Assim que cheguei perto da mesa ele me olha meio assustado.

- Que que foi?

- Nada... é que você é bem alta. – disse ele. Resumindo, eu não poderia usar nunca salto perto dele que iriam perguntar se eu era sua mãe.

Procurei ignorar aquele comentário. Fomos para minha mesa e os apresentei a minhas duas amigas. O amigo dele ficou dando em cima de Mile, que para o azar do pobre moço, ela tem namorado. E sorte dela ter namorado, pois o amigo de Julio é muito feio. E eu estava tentando arrumá-lo para a Anna, coitada. O cara por foto é ajeitado mas pessoalmente...acho que nem nascendo de novo.
Conversamos por horas naquele bar. Ele me disse que nunca pagava a conta quando ia nesse bar, pois como ele conhecia muita gente, migrava de mesa em mesa. Ou seja, transferia seus pequenos gastos em bebida para a comanda das mesas de seus amiguinhos. E para azar, ele fez isso com a gente. Filho da mãe.
Quando cansei de conversar, e já estava interessada em outra coisa, resolvi com minhas amigas e pagamos a conta. Eu e ele fomos la para fora conversar a sós. Mas seu amiguinho não contente por isso e querendo beber mais, resolveu ficar atrapalhando com mensagens no celular dele.
Em algum momento da conversa lá no bar, eu disse que só ficava com o cara, se gostasse dele. O ser abençoado, resolveu levar esse comentário a serio de mais, o que me fez tomar a atitude de beijá-lo o que me deixou profundamente brava, pois isso deve partir do homem, e não da mulher. Estão de acordo?
Por fim, nos beijamos por uma ou duas vezes. Não lembro ao certo. E já estava ficando tarde, por isso acabei indo embora. Já era duas horas da manhã e meu pai ficou meio bravo comigo por isso.
Mas por felicidade ou infelicidade minha, eu peguei o numero do celular dele. Assim que cheguei em casa, mandei uma mensagem dizendo que tinha gostado da noite
E foi nesse dia, que eu deixei meu burrinho tomando chuva.
No outro dia, domingo, eu tinha marcado de ir no shopping com uma outra amiga minha a Michele. Eu precisava contar o babado da noite anterior. E queridos, existem coisas que não podem ser ditas por telefone. E sim, pessoalmente. Então contei tudo, contei até os mínimos detalhes. Ela me chamou de louca e tudo o mais, típico dela. Mas ela concordou em chamar o namorado dela para ir ao shopping com a gente e eu liguei para o Julio. Ele disse que iria no shopping, mas teve a audácia de dizer que só iria depois da igreja. Que tipo de homem, troca encontro por igreja. Bom esse ai troca.
Depois que o ser abençoado resolveu sair da igreja e foi ao shopping, ficamos um pouco na praça de alimentação, os quatro, conversando. Ele não tinha muito papo, devo admitir, mas era bonitinho e poderia ser um bom utilitário nas férias. Então fomos lá para fora no estacionamento. Eu e ele ficamos de um lado do muro, enquanto Michele e seu namorado, ficaram do outro.
Julio me disse que quando liguei para ele perguntando se poderia ir ao shopping, sua ex namorada estava na frente dele e ficou com a maior cara de ciúmes. Achei meio patético pelo fato dele ter 25 anos e ainda ficar fazendo birrinhas de disse me disse para ex namorada ficar com ciúmes.
Mas vamos relevar.
Por ser domingo e eu ter aula no outro dia, eu fui embora cedo do shopping. Dei carona para a Michele e seu namorado. Assim que deixei o namorado de Michele na casa dele, disparou-se as perguntar.

- Me conta tudo! – perguntou Michele.

- Nada de mais! Só que é horrível beijar homens com uma pequena camada de barba. Isso arranha!

E nisso eu e ela nos entreolhamos e caímos na risada. Assim que deixei Michele em sua casa, segui para a minha. Felizmente, naquele dia eu estava com carro, e então meu pai não me encheu o saco. Mas mesmo assim, ouvi um pouco dele por ter saído em um domingo para encontrar um cara. Mas como todos nós sempre fazemos, o que os pais dizem, entra por um lado e sai pelo outro.
Na semana seguinte, eu e ele mantemos contato. Resolvemos sair na quarta feira para dar uma volta no shopping. Conversamos sobre tudo. Ele chegou a me deixar um pouco entediada por só falar em todos aquele tipos de programas que ele tinha que fazer para passar no curso. O que me deixou admirada foi o fato dele aos 25 anos, não ter feito faculdade. Queria esperar o amiguinho para que ambos fizessem faculdade juntos. Que lindo!
Depois daquele dia resolvi que ele poderia vir em casa. Eu marquei com ele as 19 horas, ele veio... as 21 horas. Pontual né?
Vamos relevar. Foi isso que pensei quando ele apareceu. Respirei fundo e sorri, como toda boa retardada. Afinal, todo mundo se atrasa né? Até duas horas... perdoável?
Fomos para minha vó. Lá como toda boa família eles resolveram me atormentar. Desenterraram altas historias minha de quando eu era pequena. Quiseram até mostrar para ele fotos minha de pequena. Cara, isso é imperdoável.
Quando finalmente aquele momento família aterrorizante acabou, eu e ele fomos para casa ver filme. Assistimos Atividade Paranormal. Odiei o filme. Mas pelo menos foi um pretexto básico para ficarmos juntinhos vendo filme.
Ficamos ainda um tempo na sala e depois ele disse que tinha que ir embora. E foi.
No final de semana que havia chegado eu iria para São Paulo. Iríamos ficar um tempo na praia e depois um tempo na cidade grande. Comprei muita coisa lá. Minha amiga Anna, viajou comigo. Ela levou o notebook dela e com isso, conversei um pouco com o Julio.
Ele começou com graça de que não sabia o que era formspring ( site onde perguntamos as outras pessoas varias coisas, e o dono do formspring decide de responde ou não.) e ele fez um. Disse q não sabia mexer e pediu para mim entrar no meu e ajudá-lo com o dele. No que eu abro o meu, tinha uma pergunta lá.

‘ se eu te pedisse em namoro, você aceitaria?’

E eu respondi que:

Se fosse pessoalmente, sim.

Não querendo menosprezar. Mas eu não aceitaria um convite desses via computador não. Muito menos, vindo de um site de perguntas.
Um dos maiores defeitos dele, era ficar colocando em jogo a minha boa e santa paciência que eu nunca tive. Ele sempre vinha com a graça de.

‘ você vai me trocar por um japonês, eu sei que vai. Ou se não por um japonês, por alguém melhor que eu.’

Na época eu deveria ter dito que palavras tem poder, hoje eu largaria ele descobrir por si só isso, como fiz.
Eu fiquei uma semana fora de casa. E quando voltei, no mesmo dia fui com ele ao shopping e foi lá que ele cometeu seu primeiro erro comigo. Disse para mim, na maior cara de pau, o que ele vinha dizendo todo o santo dia. Que eu ia trocá-lo. E não adiantava falar que não, por que, vocês sabem que criança quanto mais contraria, pior fica.
Então eu desisti de argumentar e fui embora. E quando cheguei em casa ele ainda teve de ser mais cretino. Lógico, a noite não poderia acabar sem um granfinale.
Eu disse que ia comer, pois estava com fome. Tinha acabado de chegar de viajem e ido ao shopping. Fiquei duas horas lá e voltei. Não tinha comido nada e disse que ia comer. Daí o ser abençoado resolveu terminar de acabar com a poça vontade que eu estava de falar com ele por toda minha vida.

- vê se não come muito ta? Se não você vai engordar e eu não gosto de mulher gorda.

Minhas queridas e queridos. Vamos ao debate de como ele deveria ter sido morto depois disso. Esfaqueado? Acho que não, daria trabalho e precisaria de mais gente para segurar ele. Queimado? Hm, destruiria algum lugar. Devorado por algum bicho? Se eu morasse perto do mar ou na áfrica, jogaria ele para os leões ou os tubarões.
Como toda boa dama, respirei fundo e exercitei minha contagem de números. Acho que contei até 10 um milhão de vezes. E mesmo assim eu queria matá-lo com minhas próprias mãos.
Daí que eu resolvi chutar o balde.

- Olha Julio. Quer saber? Acabo, não quero mais saber de você, nem dos seus dramas. Seja feliz com qualquer pobre coitada que te agüente.

Depois disso me senti aliviada. Quando contei a minha mãe o que aconteceu, ela ria que chegava a chorar. Até a moça que trabalha em casa morreu de rir. Até eu morri de rir.
Por fim, ficamos duas semanas sem se falar. E como todo corno fudido e mal pago faz, começa a por frases dramáticas querendo chamar o Maximo de atenção possível.
Eu, como uma boa cidadã que não sou e nem pretendo ser, fui na maior das poucas e bocas intenções perguntar o porque das frases. E olha o que ele me disse.

- É, vou beber mesmo, encher a cara!

- Ok, entre em coma alcoólico então. – disse sem a menor dó.

- É, mas não pretendo entrar em coma alcoólico, pretendo morrer mesmo, é preferível a essa dor.

- Então morre! – disse. Eu estava morrendo de rir na frente do computador quando ele disse isso. – ah e não esquece que quando você for pro céu, rebola até o chão sem perder o controle pra Deus ok? Diz que é um presente de boas vindas.

E desliguei o Messenger. Eu já estava entrando em um colapso de risos.
Gente, eu realmente mereço um premio. Aparece cada figura na minha vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário